Pesquisa da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) em Minas Gerais indica que cada mineiro produziu, em média, 1,2 quilo de lixo eletrônico em 2010. No total, são quase 25 mil toneladas de material que não tem mais utilidade e cuja forma de descarte ainda é pouco eficiente.
O técnico em informática Reinaldo de Souza conhece bem esta dificuldade. Há cerca de um ano, ele resolveu montar uma empresa de manutenção de computadores em sua casa, mas acabou vendo um problema se amontoar na varanda.
Ficou com peças antigas que de computadores que os clientes não querem mais e agora não sabe o que fazer com elas. “Agora nem estou recebendo mais computadores. Tem cliente que me oferece computador, mas é antigo e nem aproveitar a peça dá. Não adianta jogar no lixo, que o lixeiro não leva”, diz.
Peças de equipamentos eletrônicos podem conter materiais perigosos, como o zinco, o chumbo e o cádium. Se descartadas de maneira incorreta, as peças podem oferecer risco de contaminação de água, solo e, por consequência, da saúde das pessoas.
De acordo com José Cláudio Junqueira, presidente da Feam, Minas Gerais não tem programas amplos de recebimento de materiais eletrônicos. Há casos isolados, como em Belo Horizonte, onde a prefeitura possui três locais que recebem computadores antigos. Algumas peças são reaproveitadas e outras seguem para a reciclagem.
Segundo Junqueira, uma lei sancionada em dezembro do ano passado promete acabar com este problema. Em até seis meses, empresas que fabricam, distribuem e vendem os produtos passarão a ser responsáveis pelo material quando ele não tiver mais utilidade. “Os fabricantes e produtores e o resto da cadeia serão obrigados a informar ao consumidor onde ele poderá descartar. E o consumidor terá a obrigação de descartar só nos locais autorizados”, diz ele.
(Fonte: Globo Natureza)
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