Os zoológicos não são mais os mesmos. Com as mudanças climáticas e o acesso mais fácil a outros continentes, onde as pessoas podem ver animais exóticos de perto, esses parques passaram a ter papel fundamental na preservação das espécies.
“Expor os animais somente para lazer é inadmissível. A maioria dos 127 zoos brasileiros se norteia pela conservação”, afirma Luís Pires, presidente da Sociedade de Zoológicos do Brasil.
Os zoos recebem animais apreendidos que não têm mais condição de voltar à vida livre. Mantidos geneticamente puros, podem ter seus descendentes devolvidos à vida selvagem.
Foi o que aconteceu com o ameaçado mico-leão-dourado anos atrás. Graças a um plano de manejo internacional, que envolveu vários zoológicos, a espécie se reproduziu e ganhou fôlego ao ser devolvida à mata atlântica.
Cada espécie ameaçada tem seu plano de manejo, no qual todos os indivíduos mantidos em cativeiro no país ou no exterior, dependendo do caso, são considerados uma colônia única.
“Mantemos o plantel com baixa consanguinidade, sem distúrbios de comportamento e em condições sanitárias para serem soltos”, diz Gerson Norberto, diretor do zoo de Salvador.
BANCO GENÉTICO
Em abril, o zoológico de Brasília inaugurou a Casa do Futuro -o primeiro banco genético de animais selvagens em zoos do país. Ali, são sendo armazenados sêmen e células-tronco adultas para reprodução e tratamento.
Ele permitirá ainda o intercâmbio de material genético entre instituições sem precisar locomover os animais. “É uma reserva estratégica para a conservação da nossa biodiversidade”, diz o diretor-presidente Raul Gonzales.
(Fonte: Folha.com)
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