Cultivar plantas no espaço será crucial para os astronautas do futuro. Numa viagem para Marte, ou mais longe ainda, será necessário produzir comida fresca a bordo das naves, que deverão ser parcialmente autossuficientes.
A montagem de estufas na Lua, em Marte ou em outros corpos planetários também será uma componente importante nas missões de exploração futuras.
As estufas também fornecem oxigênio e podem trazer alguma vida ao ambiente desolado espaço.
Tratar de plantas é uma boa forma de manter recordações da Terra e uma forma agradável de passar o tempo durante a longa e possivelmente aborrecida viagem interplanetária.
Estufa no espaço – É com um olho nesse quadro que o astronauta Paolo Nespoli levará uma pequena estufa para a Estação Espacial Internacional. O outro olho estará voltado para as próximas gerações, que eventualmente serão os personagens daquele futuro que se vislumbra.
A estufa é pequena, uma espécie de “estufa pessoal”, mas será útil para vários experimentos científicos básicos, dos quais os estudantes europeus poderão participar online.
O projeto Estufa no Espaço, proposto e concebido pelo departamento de Voos Tripulados da Agência Espacial Europeia (ESA), será uma oportunidade para os estudantes se interessarem um pouco mais pela ciência, tanto pela biologia, quanto pela exploração espacial.
A estufa não é pequena por acaso: enquanto o astronauta cultiva as plantas e observa seu ciclo de vida no espaço, as crianças terão a oportunidade de fazer o mesmo com as suas próprias experiências em terra, usando réplicas da estufa espacial e as mesmas espécies de plantas.
Mentes subdesenvolvidas – A experiência vai começar com o cultivo de uma planta da família das couves, a Arabidopsis thaliana, dentro do Laboratório Columbus, na Estação Espacial Internacional. As crianças começarão a sua própria experiência na terra ao mesmo tempo.
Paolo irá tirar fotos do ciclo de crescimento das plantas e fazer gravações de vídeo dos passos essenciais no cuidado das plantas, publicando tudo no site da missão.
As crianças que participarem poderão comparar a experiência no espaço com a experiência que estiverem fazendo em terra.
Os jovens cientistas no solo, e Paolo em órbita, irão seguir o ciclo de crescimento das suas plantas por cerca de dez semanas. As crianças serão encorajadas a partilhar as suas observações com outros jovens que estiverem participando da mesma experiência, criando uma rede em toda a Europa que irá ligar os “jovens cientistas”.
As crianças poderão enviar seus resultados finais e sua observações para a equipe educacional da ESA, que irá montar uma lição final online, que poderá ser baixada por outras escolas e professores.
A experiência será lançada em meados de Fevereiro de 2011 num evento ao vivo que juntará cerca de 750 crianças em quatro locais da Europa.
Quando, em 2006, o primeiro astronauta brasileiro levou experiências científicas simples para a Estação Espacial Internacional, voltadas para entusiasmar os jovens estudantes sobre a ciência, a maior parte da própria comunidade científica brasileira não poupou críticas à iniciativa – eventualmente no pressuposto de que a próxima geração de cientistas crescerá e amadurecerá sem necessitar de qualquer cuidado.
(Fonte: Site Inovação Tecnológica)
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