Computação gráfica ressuscita paleocrocodilo do interior de SP

Fóssil de 90 milhões de anos passou por uma tomografia no Rio de Janeiro

O crocodilo Baurusuchus salgadoensis desapareceu da face da Terra lá se vão 90 milhões de anos, mas isso não é motivo para que o bicho deixe de dar seus passeios -ao menos virtualmente.

Usando tomografia e técnicas de computação gráfica, uma equipe da UFRJ simulou como a criatura teria caminhado no interior de São Paulo durante a Era dos Dinossauros. O principal resultado da iniciativa: andando, o bicho não tinha nada a ver com os jacarés de hoje.

"Era um bicho totalmente terrestre. Se você o jogasse na água, ele afundaria", brinca Felipe Mesquita de Vasconcellos, paleontólogo da UFRJ. Ele coordenou o trabalho, do qual também participaram Ismar Carvalho, Tiago Marinho e Karol Duarte.

As patas do bicho, eretas, permitiam que ele corresse com relativa desenvoltura em terra firme. Na frente, ele tendia a caminhar apoiado na ponta dos dedos, estima o grupo, enquanto o peso da parte de trás do corpo se apoiava nas palmas da pata, tal como fazem os ursos.

O animal alcançava 3 m de comprimento e cerca de 400 kg. O trabalho só foi possível graças aos fósseis bastante completos da espécie, dos quais foram obtidas várias imagens detalhadas 3D com um tomógrafo.

Confira vídeo do paleocrocodilo em www.folha.com.br/ci789557  

(Reinaldo José Lopes - Folha de SP)

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