Um simples interruptor genético, do tipo “liga-desliga”, pode ser a chave para a evolução da vida multicelular, segundo estudo de simulação computacional publicado na revista “PLoS Computational Biology”.
A evolução de organismos unicelulares para organismos multicelulares ainda é um mistério para a biologia. O processo requer que células individuais se unam e dividam as tarefas responsáveis pela manutenção da vida. Para que isso seja possível, algumas células precisam abdicar de sua habilidade de reprodução.
Para investigar esse processo, Sergey Gavrilets, da Universidade do Tennessee, em Knoxville, nos EUA, criou um modelo matemático descrevendo uma colônia de células idênticas capazes de sobreviver e se reproduzir.
Ele incorporou no modelo um esquema de compensação de forma que células melhores na tarefa de reprodução são piores na tarefa de sobrevivência, e vice-versa. No caso mais simples, o processo evolutivo gerou organismos compostos de células que tinham problemas nas duas tarefas.
Mas isso mudou quando Gavrilets incluiu genes que podiam suprimir a atividade de uma característica ou de outra (reprodução vs. sobrevivência).
A colônia de células pôde agora melhorar ambas as características ao mesmo tempo, ao criar algumas células exclusivamente reprodutoras e outras melhores na habilidade de sobreviver. Isso levou as células a se especializarem completamente em menos de um milhão de gerações, um piscar de olhos em termos evolutivos.
(Fonte: Folha.com)
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