A descoberta de um fóssil de bico de pelicano de 30 milhões de anos muito parecido com os bicos de pelicanos atuais levanta questões sobre o porquê de tão poucas mudanças durante um período tão longo.
O bico quase completo, encontrado no sudeste da França, se parece tanto com o das sete espécies modernas de pelicanos que foi classificado no gênero Pelecanus, diz Antoine Louchart, da Universidade de Lyon, na França.
Os bicos de pelicanos são os mais longos entre os pássaros hoje existentes. Embaixo do bico há uma bolsa que permite ao pássaro captura presas na água e jogar fora a água antes de engolir o alimento. Como outros pássaros, pelicanos são raramente preservados como fósseis. Consequentemente, sabe-se pouco sobre sua evolução.
Louchart reconheceu o fóssil, descoberto nos anos 80, enquanto examinava espécimes na coleção do colega Nicolas Tourment. O fóssil estava protegido sob uma fina camada de calcário.
O fóssil inclui a maior parte dos ossos do bico e partes do crânio e pescoço e é muito semelhante ao grande pelicano branco, Pelecanus onocrotalus.
A falta de mudanças sugere que o bico atingiu um pico evolutivo para voo ou para alimentação. Mas Louchart acredita que algo mais pode estar envolvido.
A descoberta coloca não só os pelicanos, mas também outros pássaros mais atrás na linha do tempo.
“O bico do pelicano é uma adaptação muito boa porque permaneceu quase a mesma durante um longo período de tempo”, disse Rebecca Kimball, da Universidade da Flórida. Há dois anos, Kimball publicou um estudo na revista “Science” em que mostra que pelicanos são geneticamente próximos a parentes, um sinal de evolução lenta.
O estudo foi publicado na revista especializada “Journal of Ornithology”.
(Fonte: Folha.com)
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