Monóxido de carbono e a após lei antifumo

Um estudo realizado pelo Incor (Instituto do Coração) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) aponta que houve redução de 73% nos níveis de monóxido de carbono de casas noturnas de São Paulo seis meses após a lei antifumo entrar em vigor no Estado.

A pesquisa analisou o nível de monóxido de carbono ambiental em áreas totalmente fechadas de cerca de 700 estabelecimentos do Estado, antes e depois da lei. Nas casas noturnas, a medição apontou 5 ppm (partes por milhão) de monóxido antes da lei e 1,35 ppm depois. Nos bares, a redução foi idêntica, de 5 ppm para 1,35 ppm, e, nos restaurantes, passou de 4 ppm para 1,29 ppm (queda de 68%).

Os pesquisadores também mediram a contaminação por gás carbônico no organismo dos funcionários não fumantes dos estabelecimentos. Nas casas noturnas, houve queda de 53% (de 7,22 ppm para 3,29 ppm); nos bares, de 48% (7,22 ppm para 3,75 ppm); e, nos restaurantes, de 45% (6,32 ppm para 3,44 ppm). Em dezembro, estudo realizado pelos mesmos pesquisadores já apontava melhora nos índices.

"Em locais como casas noturnas e bares, o ganho para a saúde depois da lei antifumo foi enorme. A redução de 73% nos níveis de monóxido de carbono nos ambientes fechados é muito significativa e tem reflexo direto na saúde dos frequentadores, sejam eles clientes ou funcionários", disse Jaqueline Scholz Issa, cardiologista do Incor e coordenadora da pesquisa.

De acordo com a Secretária Estadual da Saúde, desde 7 de agosto, quando a lei entrou em vigor, foram realizadas cerca de 219 mil ações de fiscalização pela Vigilância Sanitária e Procon. Ao todo, 761 multas foram aplicadas em todo o Estado.

A lei antifumo proíbe o uso de cigarro e derivados de tabaco em áreas fechadas de uso coletivo, como bares, restaurantes, casas noturnas, escolas, ambiente de trabalho, museus, shoppings, lojas, repartições públicas e táxis.

(Fonte: Folha Online)

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