A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza é uma das instituições que assina o Manifesto sobre Princípios e Salvaguardas para o REED (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação), lançado na semana passada pelo Observatório do Clima, rede de ONGs e movimentos sociais.
O REDD é um mecanismo que possibilitará que países detentores de florestas tropicais recebam compensação pela manutenção dessas áreas naturais, contribuindo para a mitigação da mudança do clima.O documento ressalta a necessidade de que a adoção do REDD não substitua a adoção de um regime climático internacional que garanta a redução de pelo menos 40% das emissões no grupo de países desenvolvidos até 2020 em relação aos níveis de 1990 e reduções da curva de crescimento das emissões dos países em desenvolvimento.
“Os recursos para a floresta e as populações que dela dependem são inquestionavelmente bem-vindos, mas seu preço não pode ser o aumento das emissões de efeito estufa em outros países, resultando numa soma zero para o clima mundial”, diz o manifesto.
Além de lançar o manifesto sobre o REDD, as 35 organizações da sociedade civil que formam o Observatório do Clima estão enviando para os embaixadores de outros países que moram no Brasil carta expressando a decepção em relação às recentes declarações de atores chave nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas para adiar a definição de metas de redução das emissões de gases do efeito estufa.
“O grande risco de adiarmos essas decisões é que temos muito pouco tempo para trabalhar na regulamentação do novo acordo, para que entre em operação no início de 2013. Além disso, corremos o risco de desmobilizar a sociedade. É necessário que esse novo regime climático internacional seja firmado ainda em 2009”, comenta André Ferretti, coordenador de Conservação da Biodiversidade da Fundação O Boticário e coordenador do Observatório do Clima.
Fundação Boticário
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