Inscrições têm 60 mil anos
Um pequeno pedaço do gigantesco quebra-cabeças da evolução humana pode ter sido encontrado. E ele tem forma de arte. Fragmentos de ovos de avestruz - com enigmáticas inscrições coloridas, entalhadas na sua superfície -, escavados na África do Sul, representariam um dos primeiros exemplos do uso do simbolismo pelo ser humano.
Segundo cientistas, as inscrições, feitas há cerca de 60 mil anos, seriam também uma pioneira forma de comunicação visual da espécie humana, capaz de dar mais pistas sobre as nossas origens. É o que revela um estudo publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences".
O uso do simbolismo - a capacidade de usar uma coisa para representar outra - é considerado um gigantesco passo na história da evolução humana, um divisor de águas entre o homem e outros animais.
Os artefatos foram encontrados em Diepkloof, na África do Sul, em 1999, e têm sido analisados desde então. Até agora, os exemplos mais antigos de pensamento conceitual estavam em inscrições em pedaços de conchas descobertos na caverna de Skhul, em Israel. Estima-se que tais artefatos teriam sido feitos entre 90 e 100 mil anos atrás. Pedaços de pedras de 75 mil anos, com inscrições, também já tinham sido encontrados na África do Sul.
- O extraordinário nessa descoberta é o número de ovos, em torno de 300, que nos faz supor que se trata de um sistema de representação simbólica - afirma PierreJean Texier, da Universidade de Bordeaux, na Franca, um dos autores do estudo. - Há linhas cruzadas em diversos ângulos. A repetição desse padrão faz crer que esses humanos da Idade Média africana estava tentando comunicar alguma coisa. Talvez a sua identidade ou a de sua tribo.
A qualidade das gravações intrigou os pesquisadores, que tentaram reproduzi-las usando pedaços de pedra.
- Cascas de ovos de avestruz são bastante duras. Fazer esse tipo de inscrição nelas não é nada fácil - garante Texier, que acredita que as cores encontradas nos ovos são naturais.
Um pequeno pedaço do gigantesco quebra-cabeças da evolução humana pode ter sido encontrado. E ele tem forma de arte. Fragmentos de ovos de avestruz - com enigmáticas inscrições coloridas, entalhadas na sua superfície -, escavados na África do Sul, representariam um dos primeiros exemplos do uso do simbolismo pelo ser humano.
Segundo cientistas, as inscrições, feitas há cerca de 60 mil anos, seriam também uma pioneira forma de comunicação visual da espécie humana, capaz de dar mais pistas sobre as nossas origens. É o que revela um estudo publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences".
O uso do simbolismo - a capacidade de usar uma coisa para representar outra - é considerado um gigantesco passo na história da evolução humana, um divisor de águas entre o homem e outros animais.
Os artefatos foram encontrados em Diepkloof, na África do Sul, em 1999, e têm sido analisados desde então. Até agora, os exemplos mais antigos de pensamento conceitual estavam em inscrições em pedaços de conchas descobertos na caverna de Skhul, em Israel. Estima-se que tais artefatos teriam sido feitos entre 90 e 100 mil anos atrás. Pedaços de pedras de 75 mil anos, com inscrições, também já tinham sido encontrados na África do Sul.
- O extraordinário nessa descoberta é o número de ovos, em torno de 300, que nos faz supor que se trata de um sistema de representação simbólica - afirma PierreJean Texier, da Universidade de Bordeaux, na Franca, um dos autores do estudo. - Há linhas cruzadas em diversos ângulos. A repetição desse padrão faz crer que esses humanos da Idade Média africana estava tentando comunicar alguma coisa. Talvez a sua identidade ou a de sua tribo.
A qualidade das gravações intrigou os pesquisadores, que tentaram reproduzi-las usando pedaços de pedra.
- Cascas de ovos de avestruz são bastante duras. Fazer esse tipo de inscrição nelas não é nada fácil - garante Texier, que acredita que as cores encontradas nos ovos são naturais.
(O Globo, 3/3)
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