Campanha de prevenção ao câncer de próstata é lançada em Salvador

O Instituto EcoD, em parceria com o Instituto Lado a Lado pela Vida e a Fundação José Silveira, lançou em Salvador, dia 29 de maio, a campanha Um Toque Um Drible. A iniciativa, inédita na Bahia, é composta por diversas ações que buscam disseminar informações sobre o câncer de próstata.

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O evento contou com a presença de representantes de organizações da sociedade civil, governo e profissionais de saúde

Durante o evento, foi assinada uma carta de compromisso entre o EcoD e o Instituto Lado a Lado para reforçar o movimento Saúde, Sustentabilidade e Vida, que atua promovendo mobilização da sociedade, gestores públicos e empresas em prol da qualidade de vida.

Durante o lançamento, Ines Carvalho, diretora de relações institucional do EcoD, destacou a presença de organizações representativas da área médica, do governo, Ministério Público, médicos, da mídia e de interessados no tema do evento: “É mais uma iniciativa voltada para a saúde que o Instituto EcoD se orgulha de fazer parte e levar para outros estados do Brasil”.

Para Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, parcerias como a firmada no evento são vitais para reduzir os índices da doença no Brasil, multiplicar as informações e captar números mais precisos sobre a incidência de câncer de próstata. “Essa iniciativa é um divisor de águas para o homem com câncer de próstata nesse país”, afirmou. Na opinião de Marlene, a campanha tem feito com que diversos setores passem a olhar de forma diferente para a questão da saúde do homem.

Detecção precoce

A presidente do Lado a Lado reforça a importância de combater o preconceito contra o exame de toque, fundamental para a detecção precoce da doença. A próstata é uma glândula masculina localizada na parte baixa do abdômen, logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Com o toque retal feito pelo médico é possível sentir se há algum aumento, anomalia ou endurecimento da região.

“O homem ainda carrega esse preconceito histórico e isso precisa mudar. Por causa do preconceito, muitos homens acabam demorando de chegar ao diagnóstico do câncer, e quando descobrem, muitas vezes, já é tardio”, reforça Marlene.

Ines destacou o papel da mulher nesse processo, já que é ela quem costuma marcar os exames e “ficar no pé” dos maridos, filhos, pais e companheiros para que eles cuidem da saúde.

A informação é outra ferramenta fundamental no combate à doença, opina a superintendente da Fundação José Silveira, Leila Brito. “Ela que irá mudar os indicadores e combater o problema. E com iniciativas como essas, nós pretendemos chegar a esse homem que precisa ser acolhido e levar essas informações que poderão prevenir ou tratar a doença”.

O evento contou com a palestra do médico urologista Marcelo Brandão. Com 40 anos de experiência da área, ele reforçou a importância de um acolhimento amplo ao homem, já que, além do câncer em si, ele ainda pode enfrentar problemas como disfunção erétil, incontinência urinária, infertilidade e depressão.

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Durante o lançamento da campanha, também foi assinada uma carta de compromisso entre o Instituto EcoD e o Instituto Lado a Lado pela Vida em prol do movimento Saúde, Sustentabilidade e Vida
Sobre a campanha

A campanha Um Toque Um Drible integra ações de conscientização entre homens, mulheres e jovens, para que a questão da saúde masculina seja um processo, construído ao longo da vida.

Desde o lançamento, em 2011, diversas ações já foram realizadas, como concurso cultural no Dia dos Pais, cartões virtuais e manuais informativos para download no Dia do Homem, ações presenciais em estádios de futebol, avenidas e parques da capital no Novembro Azul, entre outras.

Na Bahia, a primeira ação será realizada nos dias 1 e 2 de junho, durante o Arraiá do Galinho, uma das festas mais populares do estado. Durante o evento, o público será orientado sobre a importância do exame retal e poderá interagir nas redes socais através da campanha #SeuPreconceitoNãoMeRepresenta. Ao longo do ano, outras ações serão realizadas em estádios de futebol e outros locais onde há concentração da população masculina.

Câncer de próstata, o vilão da saúde dos homens

O câncer de próstata é considerado um problema de saúde pública no Brasil em função das elevadas taxas de incidência e mortalidade. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), somente em 2010 a doença fez quase 13 mil vítimas no país. Esse é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

O tumor maligno da próstata apresenta crescimento lento na maior parte dos casos, o que faz com que as manifestações clínicas só aconteçam quando a doença está em estágio mais avançado. A recomendação é de que o exame periódico seja realizado mesmo na ausência de sintomas. A partir dos 50 anos, o homem deve procurar atendimento específico para fazer os exames ou aos 45 anos, caso haja histórico de câncer na família.

(ECOD)

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