Siga
estes truques para conseguir recargas mais rápidas, melhorar a autonomia e
aprender a diagnosticar eventuais problemas.
As
baterias contidas em seus dispositivos móveis são pequenos milagres de
engenharia, e contém quantidades de energia que seriam inimagináveis em suas
predecessoras. O correto uso de todo este potencial pode fazer com que elas
durem mais, e alimentem seus aparelhos por mais tempo. Veja a seguir algumas
dicas para tirar o máximo de suas baterias.
1.
Para carregar seu tablet rapidamente, use o carregador original ou um projetado
sob medida para ele
iPads
e outros tablets tem baterias grandes e vem com carregadores de alta-capacidade
para recarregá-las rapidamente. Por exemplo, o carregador do iPad pode fornecer
uma corrente de até 2.100 mA (miliamperes, ou 2.1 Amperes), que é mais que o
dobro do suportado por uma porta USB 3.0 típica. Isso faz uma diferença enorme
na hora da recarga.
Em
nossos testes, carregar completamente a bateria de um iPad levou 5 horas e 9
minutos com o carregador incluso com o aparelho, e 10 horas e 13 minutos com o
carregador de um iPhone 5 (que fornece no máximo 1000 mA). Em outro teste com
um carregador de viagem genérico, capaz de fornecer 500 mA, foram necessárias
mais de 24 horas para completar a carga do mesmo iPad.
Como
o teste demonstra, para reduzir o tempo de carga é importante utilizar o
carregador original de seu tablet ou um projetado especificamente para ele. Pra
complicar, alguns aparelhos contém um circuito que não permite o uso de toda a
capacidade do carregador a não ser que este contenha um chip especial. Caso o
chip não exista, a carga será mais lenta.
Por
exemplo, quando tentamos recarregar um iPad 4 com o carregador de um Galaxy Tab
10.1 o processo levou 19 horas, apesar do carregador ter a mesma capacidade do
original do iPad. Isto porque o iPad não reconheceu o carregador como sendo
capaz de uma corrente mais intensa, e a limitou a um nível mais baixo. A
situação inversa se aplica: quando tentamos carregar o Galaxy Tab 10.1 com o
carregador do iPad, o processo levou mais de 15 horas, em contraste às 4 horas
e 46 minutos que seriam necessárias com o carregador da Samsung.
2.
A maioria dos celulares não precisa de um carregador específico
Celulares,
que usam baterias muito menores que as dos tablets, não exigem carregadores de
alta-capacidade. Por isso você pode usar um carregador genérico sem um prejuízo
severo no tempo de recarga. Quando medimos o tempo necessário para a carga
completa de um iPhone 5 usando carregadores variados, os resultados variaram de
2 horas e 4 minutos com um carregador de viagem da HTC a 2 horas e 59 minutos
com um carregador da Samsung. Com o carregador original do iPhone são
necessárias 2 horas e 16 minutos. Ou seja, a diferença não é tão grande assim.
3.
Use uma porta USB específica para recarga, ou um hub USB alimentado
Se
você não tem um carregador em mãos, sempre pode recarregar seu smartphone
usando a porta USB de um PC. Mas há duas variantes delas, “padrão” e “para
recarga”. Uma porta USB comum entrega uma corrente de apenas 100 mA, suficiente
para um mouse ou pendrive, mas praticamente nada para um smartphone. Uma porta
otimizada para recarga deve entregar pelo menos 500 mA. É por isso que às
vezes, ao plugar um aparelho a uma porta USB no PC, ele não carrega ou carrega
muito lentamente.
O
problema é que, embora muitos notebooks ofereçam uma combinação de portas USB
normais e “para recarga”, muitas vezes os fabricantes não se preocupam em
identificá-las adequadamente. O símbolo de um raio ao lado de uma porta é uma
indicação comum de que ela é uma porta para recarga, mas ele nem sempre está
lá.
Alguns
notebooks mais recentes trazem portas USB capazes de oferecer 1.100 mA quando
identificam um aparelho compatível, mas novamente nem sempre as identificam. A
solução é procurar no manual do seu notebook quais são as portas disponíveis e
a corrente máxima em cada uma antes de confiar nelas para recarregar seu
gadget.
Embora
portas USB 3.0 possam entregar mais corrente (até 900 mA) que as portas USB
2.0, elas só atingem esse nível com aparelhos USB 3.0. Plugue um smartphone USB
2.0 a elas e ele receberá os mesmos 500 mA máximos que em uma porta USB 2.0
para recarga.
Se
você usa um hub USB não alimentado, a corrente disponível será dividida por
todas as portas, o que significa que não sobra muito para carregar seus
aparelhos. Um hub alimentado (ou seja, com uma fonte de alimentação externa,
ligada à tomada) consegue entregar a corrente máxima a cada porta, o que o
torna uma opção melhor para carregar seus aparelhos.
4.
Você pode usar qualquer cabo micro-USB com seu smartphone
Muitos
smartphones modernos (entre eles a esmagadora maioria dos aparelhos Android)
usa um conector micro-USB para conexão ao PC ou ao carregador. Nesse caso, você
pode usar qualquer cabo micro-USB que tiver à mão para recarrregar a bateria,
não é necessário um “cabo especial” ou o que veio com o smartphone.
5.
Na primeira carga carregue, e depois descarregue, completamente a bateria
O
primeiro ciclo de carga qualquer aparelho é importante, já que condiciona a
bateria e ajuda o aparelho a entender como ela se comporta. Portanto, na
primeira vez que plugá-lo à tomada recomendamos carregar completamente a
bateria (por pelo menos 12 horas) e depois deixá-la descarregar completamente
durante o uso normal, antes de recarregá-la.
6.
Você pode deixar um aparelho carregando, sem medo
As
baterias em dispositivos portáteis modernos são mais espertas do que você
imagina, e contém circuitos que controlam o fluxo de energia. Portanto, é
seguro deixar o aparelho plugado e carregando mesmo por longos períodos. Quanto
a bateria está carregada, o controlador integrado regula o fluxo de energia
para mantê-la em 100%, mas não irá permitir uma sobrecarga. O que é uma coisa
boa, já que baterias de Li-Ion sobrecarregadas podem explodir.
7.
É bom descarregar completamente a bateria de vez em quando
As
modernas baterias de Lítion-Ion (Li-Ion) não sofrem com o “efeito memória” que
assolava a geração anterior, feita com Níquel e Cádmio (NiCad), então você pode
recarregar a bateria mesmo que ela não esteja completamente esgotada, sem medo
de perder a capacidade. Ainda assim, fabricantes recomendam esgotar e
recarregar completamente a bateria pelo menos uma vez por mês, já que isso
ajuda a maximizar a vida útil ao mantê-la condicionada e preserva o equilíbrio
químico.
8.
Trate suas baterias com carinho
Baterias
bem tratadas irão recompensá-lo com anos de serviço. Caso contrário elas podem
se tornar imprevisíveis, o que é um problema já que por dentro são perigosas:
pense numa bateria como um pequeno incêndio químico esperando para acontecer.
Transporte-as sempre dentro do aparelho ou em um estojo protetor (se estiver
levando sobressalentes). Nunca aperte, perfure ou deforme elas, e jamais
deixe-as dentro do porta-luvas de um carro estacionado sob o sol: a
alta-temperatura pode resultar em uma reação química incontrolável (conhecida
como “Thermal Runaway”) e uma eventual explosão.
9.
Substitua as baterias a cada dois anos
À
medida em que as baterias ficam mais velhas, sua capacidade de manter uma carga
diminui, e consequentemente sua autonomia fica menor. Este processo gradual e
inevitável reflete mudanças químicas dentro da bateria. Mas a maioria delas
deve durar pelo menos alguns anos: a Apple afirma que a bateria de um iPad
ainda é capaz de manter 80% da carga máxima original após 1000 recargas, e
outros fabricantes anunciam números similares.
Quando
você as substituir, descarte as baterias usadas em um posto de coleta. Eles
podem ser encontrados em assistências técnicas do fabricante, nas lojas onde os
aparelhos são vendidos ou em bancos e farmácias.
10.
Diagnostique problemas com alimentação de uma porta USB em alguns passos simples
Se
você está tentando usar uma porta USB de um notebook ou desktop para recarregar
um aparelho mas não está conseguindo, pode usar algumas ferramentas do próprio
Windows para fazer um diagnóstico da situação. Abra o Gerenciador de
Dispositivos, dentro do Painel de Controle, e clique no menu Exibir
/ Dispositivos por conexão. Clique no primeiro item da lista, que deve ser
o nome de seu PC, e tecle *. Isto irá abrir uma lista com todos os
dispositivos conectados ao seu PC. Procure o “Hub USB Genérico” ou “USB
Root Hub”. Você pode ter mais de um deles, dependendo da máquina. Clique
com o botão direito do mouse sobre aquele ao qual seu aparelho está conectado,
e selecione o item Propriedades no menu.
Na
janela que surge clique na aba Energia, e você verá uma lista dos
aparelhos conectados ao hub e quanto de energia estão consumindo. Isso pode
ajudar a determinar se o seu aparelho será recarregado rapidamente (se a
corrente for igual ou maior do que 500 mA, por exemplo), ou lentamente (se for
menor do que 500 mA). Quando verifiquei meu computador, notei que meu celular
estava puxando apenas 96 mA. Como resultado, mesmo que ele indicasse que estava
carregando, provavelmente nunca atingiria uma carga completa ao longo do dia.
(Richard Baguley, TechHive)
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