Corrupção e má gestão são as principais causas da educação precária na Amazônia


Caso o projeto que visa destinar 10% do PIB para a educação seja aprovado no Senado e, posteriormente, venha a ser sancionado, a Amazônia brasileira teria grande interesse em parte desses recursos. 

É que a região amarga indicadores ainda mais perversos que o resto do país no setor: para se ter ideia, a taxa de analfabetismo no Acre é o dobro da brasileira, contabilizando quase 17 iletrados em um universo de 100 pessoas.


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Infográficos: Scarlett e Cardume/Ag. Pública 


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Os dados, de 2007, foram divulgados em uma série especial da Agência Pública sobre a região, e são alarmantes. Todos os estados da região se encontram abaixo da nota média do Brasil no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da primeira etapa do Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries). O mesmo cenário, com exceção do Acre, se repete na segunda parte até a oitava série do ensino fundamental.

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O desempenho dos estudantes, por exemplo, foi bem abaixo do nacional, tanto em Português como em Matemática. Em Matemática, por exemplo, de cada 100 estudantes na 8ª série (9º ano) na Região Norte, menos de 10 têm desempenho adequado (contra 14,8 na média nacional). Já a língua portuguesa é dominada satisfatoriamente por menos de 15% dos estudantes da região, quase metade da média em que se levam em contam todos os estados brasileiros, de 26,3%.

Contradição

O fel das salas de aulas do Norte brasileiro é originado, principalmente, de dois problemas conhecidos nacionalmente. De acordo com o repórter Fabiano Angélico, a corrupção e problemas de gestão frequentemente aparecem associados ao sistema público de ensino na região Amazônica, ao menos no âmbito municipal.

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Os índices preocupantes revelam que a qualidade da educação não está sintonizado com o crescimento econômico da região, que conta com Rondônia e Roraima entre os estados que mais crescem no país.

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