Anãs brancas
Estrelas nascem e estrelas morrem. Mas agora astrônomos descobriram que estrelas também podem renascer.
Tudo começou quando eles encontraram um par de anãs brancas, uma girando em torno da outra a uma velocidade estonteante - uma volta a cada 39 minutos.
Este é o período orbital mais curto já descoberto até hoje.
As duas giram a uma velocidade de 430 quilômetros por segundo (1,6 milhão km/h) a uma distância de 220.000 quilômetros uma da outra - menos do que a distância da Terra à Lua.
Anãs brancas são estrelas mortas, que já consumiram todo o seu combustível, e estão esfriando. Essas estrelas normalmente têm uma massa equivalente à do Sol condensada em uma esfera do tamanho da Terra.
Renascimento de uma estrela
O que os astrônomos também descobriram é que o giro rápido das duas anãs brancas é uma espécie de dança nupcial, e o seu futuro será uma união definitiva, fazendo nascer uma nova estrela.
"Estas duas estrelas já viveram uma vida completa. Quando elas se fundirem, elas vão essencialmente renascer e desfrutar uma segunda vida," disse o astrônomo Mukremin Kilic, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, primeiro autor do artigo científico que anunciou a descoberta.
O feliz casal, "prestes" a iniciar uma nova vida - o enlace está previsto para dentro de alguns milhões de anos -, está na Constelação de Cetus, a 7.800 anos-luz da Terra.
Continuum espaço-tempo
Uma das anãs brancas é visível, enquanto a presença da sua companheira invisível é detectada pelo movimento da estrela visível ao seu redor.
A anã branca visível pesa cerca de 17 por cento da massa do Sol, enquanto a outra pesa 43 por cento da massa do Sol. Os astrônomos acreditam que ambas são compostas sobretudo de hélio.
E o destino das duas já está selado: como elas giram uma em torno da outra com tal proximidade, o par agita o continuum espaço-tempo, criando ondas de expansão conhecida como ondas gravitacionais.
Essas ondas transportam energia orbital para longe, fazendo com que as estrelas espiralem cada vez mais próximas. Em cerca de 37 milhões de anos, elas colidirão e se fundirão, marcando o nascimento de uma nova estrela brilhante.
Fusão de estrelas de nêutrons
A simulação em computador fornece a visão mais detalhada já obtida das forças que alimentam algumas das mais energéticas explosões do Universo. [Imagem: NASA/AEI/ZIB/M. Koppitz and L. Rezzolla]
Uma outra pesquisa relacionada à fusão de estrelas, mas desta vez em relação às estrelas de nêutrons, mostrou que esses eventos colossais podem ser os responsáveis pela geração natural de grandes estruturas magnéticas.
Os cientistas acreditam que são essas estruturas magnéticas que alimentam os jatos de partículas de alta velocidade associados com as erupçõse de raios gama (GRBs - gamma-ray bursts).
A simulação em computador fornece a visão mais detalhada já obtida das forças que alimentam algumas das mais energéticas explosões do Universo.
A simulação consumiu sete semanas de processamento em um cluster de computadores no Instituto Albert Einstein Institute, em Potsdam, na Alemanha.
A união final das estrelas e a explosão colossal que lhe segue dura 35 milissegundos - cerca de três vezes mais rápido do que um piscar de olhos.
(Inovação Tecnológica )
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