Fóssil revela segredos sobre sexo dos pterossauros

A descoberta na China do fóssil bem preservado de um pterossauro com seu ovo revelou segredos sobre o sexo e a reprodução destes répteis voadores, contemporâneos dos dinossauros e extintos há 65 milhões de anos.


O fóssil, tem 160 milhões de anos, mostra pela primeira vez que a fêmea de pterossauro – da família dos pterodáctilos – tinha o quadril mais amplo que o macho, e ao contrário dele, não tinha a crista na cabeça.

“O fóssil que encontramos, um Darwinopterus – gênero do pterossauro – foi preservado com um ovo, o que mostra que se tratava de uma fêmea”, disse David Unwin, paleobiólogo da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, e co-autor do estudo publicado na revista americana Science de 21 de janeiro.

A descoberta “permite determinar com certeza o sexo do animal, um fato muito raro no que diz respeito a fósseis e inédito com pterossauros”, indicou.

“Temos finalmente uma boa explicação para a crista dos pterossauros, que intrigou os cientistas durante mais de um século”, porque apenas alguns indivíduos apresentavam esta característica, explicou.

A novidade também possibilitará uma reclassificação dos pterossauros fêmeas e machos na mesma espécie, já que antes acreditava-se que eram espécies diferentes.

Ovos – O pterossauro, batizado de “Senhora T”, foi encontrado em 2009 na província chinesa de Liaoning (nordeste da China) em uma formação geológica do período Jurássico médio.

O ovo era bem pequeno, com massa estimada em 6,1 gramas e casca bastante frágil.

“São características típicas dos répteis, totalmente distintas dos pássaros, que põem ovos grandes e com cáscara dura”, apontou Unwin.

A análise da “Senhora T”, com asas de 78 cm de envergadura, joga luz também sobre a reprodução dos pterossauros.

 (Fonte: G1)

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