Cientistas pretendem que todas as espécies, das extintas às que ainda vivem, recebam um código de barra de DNA, em um esforço para melhor rastrear as espécies ameaçadas, bem como aquelas que são transportadas através de fronteiras internacionais em forma de alimentos ou bens de consumo.
Pesquisadores esperam que aparelhos portáteis possam um dia ler as fitas digitais contendo códigos de barras multicoloridos – mais ou menos como as leitoras de preços de supermercados fazem – e assim identificar espécies por meio de testes in loco de tecidos, cujos resultados seriam comparados a um banco de dados digitalizado.
O International Barcode of Life Project (iBOL), que se define como a primeira biblioteca mundial de referência sobre códigos de barra de DNA, está sendo desenvolvido por cientistas que empregam fragmentos de DNA a fim de criar um banco de dados sobre todas as formas de vida.
“O que estamos tentando fazer é criar uma biblioteca mundial de códigos de barra de DNA que nos permita identificar espécies,” disse Alex Smith, professor assistente de Ecologia Molecular no Instituto de Biodiversidade de Ontario, parte da Universidade de Guelph, a cerca de 95 km de Toronto.
Até o momento, os códigos de barra de DNA ajudaram a identificar a espécie de pássaro que forçou o pouso de emergência de um jato de passageiros no rio Hudson, em Nova York, no final de 2009.
Os pesquisadores também descobriram que um quarto dos filés de peixe vendidos na América do Norte são identificados erroneamente, depois de consultarem o banco de dados, que conta com códigos de barra de DNA para 7 mil espécies de peixes, o que permite aos cientistas identificar os filés mesmo que desprovidos de pele, escamas ou cabeças.
Para obter os códigos de barras, os cientistas utilizam uma seção curta de DNA extraída de uma região padronizada de tecido. Assim que o código de barras é criado, se torna parte da biblioteca de referência do iBOL e fica disponível para consulta pública no prazo de uma semana.
(Fonte: Portal Terra)
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