Júpiter deve ter assegurado sua posição como o maior planeta do Sistema Solar ao matar um rival, indicam novas simulações. O trabalho pode explicar por que o planeta tem um núcleo relativamente pequeno.
Também mostra-se assim uma imagem repugnante do antigo Sistema Solar, onde “super-Terras” rochosas e massivas eram absorvidas antes que pudessem crescer e se tornar gigantes gasosos.
Acredita-se que Júpiter e Saturno começaram como mundos rochosos com a massa de ao menos algumas Terras. Sua gravidade então extraiu gás de sua nebulosa de nascimento, dando a eles densas atmosferas.
Neste cenário, todos os gigantes gasosos deveriam ter núcleos com aproximadamente o mesmo tamanho.
Mas medições realizadas a partir de espaçonaves sugerem que o núcleo de Júpiter tem o equivalente a apenas entre duas e dez Terras, enquanto Saturno possui entre 15 e 30.
Batida – Mas novas simulações de Shu Lin Li, da Universidade de Pequim, China, e colegas, podem explicar a razão desta discrepância. Eles calcularam o que aconteceria quando uma super-Terra com dez vezes a massa de nosso planeta batesse em um gigante gasoso.
O corpo rochoso se amassaria como uma panqueca quando atingisse a atmosfera do gigante, e então atingiria o núcleo dele meia hora mais tarde. A energia da colisão poderia vaporizar boa parte do núcleo no processo.
Estes elementos pesados vaporizados teriam então se misturado com o hidrogênio e o hélio da atmosfera do gigante gasoso, deixando apenas uma fração do núcleo original.
Isto poderia explicar não só por que o núcleo de Júpiter é tão pequeno, mas também por que sua atmosfera é mais rica em elementos pesados quando comparado com o Sol, cuja composição parece ser espelho da nebulosa que deu origem aos planetas do Sistema Solar.
(Fonte: Folha.com)
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