Um japonês afirmou nesta quinta-feira ter calculado em 5 trilhões de decimais a constante matemática Pi, um recorde ainda sujeito à verificação mas que, se confirmado, relegaria a segundo plano a performance quase duas vezes menor realizada por um francês.
O engenheiro de informática Shigeru Kondo, 54 anos, trabalhou via internet com um estudante americano, Alexander Yee, um analista de sistema considerado brilhante e que desenvolveu um programa para computador com base numa bateria de discos rígidos reunidos pelo japonês.
“Com 5 trilhões de decimais, pensamos em estabelecer um novo recorde”. O precedente coube ao francês Fabrice Bellard, que calculou o Pi com 2,7 trilhões de dígitos.
Na matemática, o Pi é uma proporção numérica originada do relação entre as grandezas do perímetro de uma circunferência e seu diâmetro, comportando um número de casas decimais infinito. Em geral, é arredondado para 3,14159 ou simplesmente 3,14.
O cientista francês do setor de computação, Fabrice Bellard, disse ter usado um computador comum, no qual trabalhou 131 dias para completar o cálculo e confirmar o resultado. Só para armazenar esta nova versão do número Pi é necessário mais de um terabyte de espaço no disco rígido.
O Pi é um exemplo de um número que nunca pode ser calculado com exatidão e, durante séculos, os matemáticos tentam chegar a uma representação mais precisa.
Antes do francês, Daisuke Takahashi, da Universidade de Tsukuba, no Japão, chegou, em agosto de 2009 a 2,6 trilhões de dígitos em apenas 29 horas. Mas, nesta ocasião, o pesquisador japonês usou um supercomputador 2 mil vezes mais rápido e muito mais caro que o computador comum de Bellard.
Há informações de que “o próprio (Isaac) Newton trabalhou neste assunto e passou muito tempo usando uma das fórmulas que ele desenvolveu para conseguir mais alguns dígitos.
Estes grande cálculos fazem parte de um ramo da matemática conhecido como aritmética de precisão arbitrária, com poucas aplicações práticas.
(Fonte: G1)
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