Terremotos produzem energia igual a 15 milhões de bombas atômicas


Nas últimas 48 horas a Terra foi palco de quatro demonstrações de extrema força sísmica que sacudiu diferentes regiões do planeta. Foram quatro terremotos de grande magnitude que juntos liberaram a impressionante energia equivalente a 15 milhões de bombas atômicas iguais as que caíram sobre o Japão em 1945.
12 milhões de bombasO mais intenso dos abalos ocorreu na tarde de segunda-feira na região das ilhas Andaman, no oceano Índico, 33 km abaixo do nível do mar. O abalo foi tão intenso que obrigou o centro de monitoramento de tsunamis do Pacífico a emitir três avisos de ondas gigantes para toda a região do Golfo de Bengala, que só foram suspensos três horas após a detecção do evento. O terremoto atingiu 7.6 graus de magnitude e foi o mais intenso dos quatro eventos. O sismo ocorreu próximo à zona de interface entre as placas eurasiana e indo-australiana, ao norte de Sumatra, na Indonésia. A intensidade do abalo foi tão grande que liberou energia similar a 251 mil megatoneladas de TNT, aproximadamente 12 milhões de bombas atômicas.Anel de Fogo

O segundo abalo mais intenso ocorreu no domingo (9 de agosto) a 165 km a oeste da ilha de Izu e 325 km a sul-sudoeste de Tóquio, no Japão, exatamente na região da tripla junção entre as placas tectônicas do Pacífico, Filipinas e Eurasiana e um dos locais sismicamente mais ativos do planeta, que faz parte do chamado "Anel de Fogo do Pacífico". O evento, calculado em 7.1 graus de magnitude, gerou energia igual a 44 mil megatoneladas de TNT e ocorreu a 297 km de profundidade, o que facilitou a dissipação da energia sísmica, semelhante à detonação de mais de 2 milhões de bombas atômicas.

Região inabitadaO terceiro evento foi registrado à 01h06 de segunda-feira (10 de agosto) e foi localizado a 42 km abaixo do nível do mar, sob o Pacífico ocidental sul, sob as coordenadas 11.59 s e 166 e, aproximadamente a 100 km a sul-sudeste da ilha de Santa Cruz, no arquipélago das Ilhas Salomão e 2200 km a nordeste de Brisbane na Austrália. O terremoto foi estimado em 6.6 graus de magnitude e ocorreu na junção entre as placas indo-australiana e do Pacífico, também na região do Anel de Fogo do Pacífico. Apesar da forte intensidade e pouca profundidade, como os eventos anteriores também não registrou vítimas, ja que a região é praticamente inabitada.

A energia estimada desse abalo foi calculada em quase 8 mil megatoneladas de TNT, equivalente a 400 mil bombas atômicas.200 mil bombas atômicasDe todos os abalos das últimas 48 horas, o que mais chamou a atenção foi o sismo registrado próximo Honshu, a principal ilha do arquipélago japonês. O terremoto foi calculado em 6.4 graus de magnitud e e ocorreu às 17h17 desta segunda-feira (10 de agosto), a apenas 26 km de profundidade.Cidades próximas ao epicentro como Shizuoka, Hamamatsu e Tóquio chacoalharam com o abalo. Em Tóquio, a 175 km do local do terremoto, algumas estradas ficaram danificadas e os trens-bala pararam de funcionar. Em toda a ilha duas usinas atômicas foram paralisadas. Imagens registradas pelas câmeras de TV dos edifícios mais altos mostraram o tremor em tempo real.

O evento foi registrado na mesma localidade do tremor de 7.1 graus, também sob o Anel de Fogo do Pacífico. Ali, a energia desprendida foi equivalente à explosão de 4 mil megatoneladas de TNT, similar a detonação de 200 mil bombas atômicas. CoincidênciaApesar da coincidência dos tremores terem acontecido praticamente ao mesmo tempo, não existe qualquer indicação de que sejam o prenúncio de que algo mais violento possa acontecer. Na realidade, a atividade sísmica nestas regiões é muito comum e centenas de tremores menores são registrados diariamente. Só em Andaman foram registrados mais de 30 abalos menores nas últimas 48 horas.Apesar de todos os esforços dos pesquisadores, a previsão dos terremotos ainda está em fase embrionária e deverá permanecer assim durante muito tempo.

A única certeza é que as cidades que estão acomodadas sobre as regiões críticas um dia sofrerão com a chegada das ondas sísmicas, mas até o presente momento não é possível saber quando isso acontecerá.
APOLO 11.

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