Os astronautas regressam à Terra enfraquecidos e trêmulos, devido aos efeitos da ausência de gravidade e da radiação no espaço.
O Caenorhabditis elegans é um nematoide transparente com cerca de 1 milímetro de comprimento - aparentemente, nascido para o espaço.[Imagem: Wormatlas]
Disposição de verme
Mas um pequeno verme, um nematoide, não só volta muito bem, como vive muito bem por lá - eventualmente pode até viver mais do que aqui embaixo.
Quando o astronauta da ESA André Kuipers foi pela primeira vez para a Estação Espacial Internacional, ele levou um experimento contendo vermes microscópicos, da espécieCaenorhabditis elegans.
Esta espécie foi escolhida por se tratar do primeiro organismo multicelular cujo genoma foi mapeado por completo. Ele é largamente utilizado em experimentos científicos.
Genes da gravidade
A princípio, os cientistas descobriram que o verme-astronauta desenvolvia menos proteínas tóxicas nos músculos do que se tivesse ficado em terra.
Eles ficaram intrigados, e investigações posteriores revelaram que sete genes do nematoide ficavam inativos no espaço.
Aparentemente, a ausência de gravidade impedia a ação normal desses genes.
E, surpreendentemente, os vermes pareciam viver melhor sem eles.
Foi necessário então verificar o que aconteceria se os mesmos genes fossem desligados no laboratório, aqui embaixo.
Os cientistas então descobriram que os vermes que cresciam sem os sete genes também viviam mais e eram mais saudáveis.
"Ao contrário do que seria de esperar, os músculos no espaço podem envelhecer melhor do que na Terra. Também pode ser que o voo espacial atrase o processo de envelhecimento," teoriza ele.
Você é um astronauta ou um verme?
O astronauta da ESA, André Kuipers, terminou a sua segunda missão à Estação Espacial Internacional no último dia 1 de julho, aterrando nas estepes do Cazaquistão.
Nesta missão, ele levou mais vermes para continuar a investigação, mas, desta vez, o próprio astronauta também foi estudado.
Antes do início da missão, foi coletada do astronauta uma pequena porção de músculo da perna, que foi guardada para análise. Agora, depois de seis meses, os cientistas estão ansiosos por ver como os seus músculos reagiram ao voo espacial.
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