O brilhante rato-do-mar (Aphrodita aculeata) pode ter a chave para a eletrônica em escala nanométrica, tornando possível a produção de fios nanoscópicos cem vezes mais longos que os métodos atuais permitem, e por uma fração do preço.
O rato-do-mar é um verme marinho do tamanho de um dedão. É nativo do Atlântico Norte e Mediterrâneo. Florian Mumm e Pawel Sikorski, do Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega, em Trondheim, perguntaram-se se os canais ocos encravados em cada um de seus espinhos reflectivos, que tornam o animal iridescente, poderiam também ser úteis como molde para a fabricação de fios nanométricos.
Fios nanométricos são caros para fabricar; eles requerem instalações especializadas. A abordagem mais direta para o uso dos ratos-do-mar requer a remoção dos espinhos de animais mortos, a colocação de um eletrodo de ouro em uma extremidade e íons de cobre ou níquel nos canais ocos na outra extremidade.
Os íons são atraídos para o eletrodo carregado, preenchendo o tubo e transformando-se em um fio nanométrico. “Nanofios têm normalmente até 0,2 milímetros de comprimento. O nosso pode chegar a 2 centímetros”, diz Mumm.
O estudo foi publicado na revista “Bioinspiration and Biomimetics”.
(Fonte: Folha.com)
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