Conheça o bairro que proibiu a circulação de carros durante um mês inteiro

Mobilizar os motoristas brasileiros a deixarem o carro na garagem pelo menos um dia no ano (Dia Mundial sem Carro - 22 de setembro) já trata-se de uma luta e tanto, não é mesmo? 

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Os 4.300 habitantes da região mostraram que o desafio de viver um tempo sem o carro está longe de ser impossível
Foto: EcoMobility World Festival

Imagine durante um mês inteiro. Pois foi isso que fizeram os moradores do bairro de Haenggung-dong, em Suwon, na Coreia do Sul - eles abandonaram por 30 dias qualquer tipo de veículo que emitisse carbono.

Os 4.300 habitantes da região mostraram que o desafio de viver um tempo sem o carro está longe de ser impossível e aceitaram a missão de utilizar apenas meios de transporte sustentáveis durante o EcoMobility World Festival.

Nesse período, a prefeitura de Suwon investiu cerca de 9 milhões de euros para preparar a região. Foram criadas estações com bicicletas gratuitas, houve o plantio de árvores para tornar as vias mais agradáveis e a distribuição de mais de 500 bikes em escolas e escritórios.


Benefícios


E enquanto tudo isso era realizado, cerca de 1.500 carros ficaram parados na garagem. Depois de 30 dias sem carro, Haenggung-dong se tornou um bairro com ar mais limpo, com menos barulho e acidentes. Realizado em setembro de 2013, o encontro durou apenas três dias, mas a forma com que ele afetou esse bairro dura até hoje.

"Assim como muitos outros, em um primeiro momento eu não imaginava que fosse possível viver sem carros", afirmou um morador. No entanto, com os resultados da experiência, foi fácil entender que os benefícios de um transporte mais sustentável pagam o conforto que se deixa de lado.

Atualmente, os carros circulam normalmente nas ruas, mas há um cuidado extra e um incentivo a mais para as bicicletas. Em muitas ruas, o estacionamento foi completamente proibido, o limite de velocidade padrão foi reduzido a 30 km/h e as melhorias de ciclovias continuam - Suwon planeja reduzir suas emissões de carbono em 40% até o ano 2030.

(ECOD)