A Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN) obteve uma patente pela invenção de um
nanomaterial superparamagnético.
O
nanomaterial pode ser usado para remover poluentes metálicos e tóxicos,
incluindo os radioativos, presentes nos efluentes industriais.
O
paramagnetismo é a propriedade de determinados materiais, inicialmente
desmagnetizados, de adquirir uma forte magnetização a partir da aplicação de um
campo magnético externo.
Composto de
partículas de magnetita em escala nanométrica, o material patenteado representa
uma alternativa mais barata e mais eficiente do que os métodos existentes para tratamento de efluentes.
O invento
foi desenvolvido pelas pesquisadoras Mitiko Yamamura e Ruth Luqueze Camilo, do
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), e pelo pesquisador Luiz
Carlos Sampaio Lima, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).
Remoção de
poluentes
A técnica
consiste na remoção das nanopartículas, juntamente com os poluentes que a elas
se agregam, usando o campo magnético produzido por um ímã.
As
nanopartículas magnéticas têm sua superfície revestida por uma fina camada de
material polimérico e um agente extrator, de modo a serem funcionalizadas e se
tornarem receptoras seletivas de determinados íons ou moléculas (orgânicas).
Na invenção
dos três pesquisadores brasileiros, as nanopartículas são utilizadas para
remover íons de urânio de meio aquoso.
Como explica
Sampaio, as nanopartículas magnéticas são amplamente conhecidas pela sua
propriedade de purificar soluções e já bastante utilizadas nos campos da
biomedicina, da biologia molecular, do diagnóstico médico e da química.
As
partículas descritas na invenção de que ele participou são seletivas para íons
metálicos tri, tetra e hexavalentes de soluções altamente ácidas.
Inovação Tecnológica
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