Cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia, descobriram um novo tipo de bactéria que pode alterar o consenso sobre a evolução de estruturas como a mitocôndria – as “usinas” de energia dentro das células humanas e de outro animais – existente atualmente. Pesquisas sobre o assunto foram divulgadas nas publicações científicas “Molecular Biology and Evolution” e “PLos One”.
O grupo usa dados de pesquisas internacionais sobre o DNA de bactérias em todos os oceanos do mundo. Eles encontraram sequências de proteínas que participam na respiração celular, quando o açúcar é destruído para formar como resíduos dióxido de carbono e água, além de liberar energia.
Ao comparar essas proteínas àquelas usadas pelas mitocôndrias, os pesquisadores desvendaram um tipo raro e desconhecido de bactéria. Para Johan Viklund, do Departamento de Evolução Molecular da universidade, a origem das mitocôndrias pode estar nos oceanos, mas os “parentes” mais próximos dessas estruturas não seriam bactérias do grupo SAR11, um tipo comum de organismos unicelulares nos mares.
Agora, os pesquisadores suecos acreditam que os verdadeiros parentes podem pertencem ao novo tipo de bactéria que descobriram.
Já os organismos de uma só célula do grupo SAR11 representam até 40% do total de bactérias que habitam os oceanos. São importantes no ciclo de carbono terrestre e conseguem sobreviver em ambientes pobres em nutrientes. O interior dessas bactérias é pequeno, o que aumenta a concentração de nutrientes dentro da célula. O genoma desses seres vivos é composto por apenas 1,5 milhão de blocos.
A pesquisa sueca apresentou ideias para o sucesso das bactérias do grupo SAR11 na natureza, que conseguem “trocar” genes com maior facilidade – essa característica favorece à adaptação ao ambiente e aumenta as chances de sobrevivência das espécies.
(Fonte: G1)
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